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Bruno Vernilho
Psicologia - CRP: 06/119306
Psicologia e RPG
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Por: Bruno Vernilho
Jogo é uma característica natural do ser humano e também dos animais, através das brincadeiras ocorre o aprendizado que fica mais enraizado. Neste artigo vou falar sobre RPG e a possibilidade de seu uso na psicoterapia. O RPG de mesa é um jogo que se baseia no princípio de que cada jogador desempenha o papel de um personagem em uma aventura fictícia. Essa aventura é narrada por um árbitro, designado geralmente por Mestre, que, por sua vez, descreve tudo que ocorre nos cenários, incluindo a forma como os jogadores ouvem, sentem, veem, etc. O passo seguinte cabe aos jogadores, em que os mesmos descrevem que ação seus personagens irão tomar frente à situação proposta pelo Mestre, que por sua vez vai narrar os resultados obtidos frente às ações dos personagens e assim sucessivamente.
A resolução de impasses (como, por exemplo, batalhas) se dá, geralmente, por meio do jogo de dados e costuma seguir algumas regras bem específicas. Possui um funcionamento semelhante a uma peça teatral, entretanto sua diferença reside no fato de um dos componentes principais do RPG ser a improvisação, cabendo aos jogadores a construção não somente de seu personagem, mas também do roteiro. A liberdade é o grande diferencial do jogo, nele você pode interpretar qualquer papel, tomar qualquer decisão, quase que como na vida.
O RPG trabalha diversos aspectos do indivíduo como podemos ver abaixo:
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SOCIALIZAÇÃO: Por ser um jogo em grupo presencial ele promove a interação entre as pessoas, ajudando na diminuição da timidez, promovendo maior sentimento de pertencimento.
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CRIATIVIDADE: Devido à liberdade do jogador há um constante exercício de sua criatividade e improvisação, aspectos importantes na atualidade. Além de trabalhar bastante com o lúdico.
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LIDERANÇA: O Mestre trabalha bastante com a liderança tendo em vista que aquele universo foi criado por ele. Além disso no grupo de jogadores é possível observar claramente os líderes e também pode-se criar situações que "forcem” outra pessoa a liderar mesmo sem que ela queira.
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TRABALHO EM EQUIPE: As missões do RPG dificilmente são concluídas individualmente, então é preciso sempre promover o trabalho em equipe, respeitando as diferenças entre as pessoas e também tomando a iniciativa em prol do grupo.
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SENTIMENTOS: Esse jogo pode trabalhar também com os sentimentos das pessoas, há momentos de medo, felicidade, conflitos que geram raiva, etc.
Na psicoterapia apesar de haverem ainda poucos estudos a respeito, é possível que aspectos do inconsciente sejam trazidos à tona através do personagem criado e de suas decisões. Assim como outras atividades como o psicodrama e constelação familiar por exemplo.
Fica claro então que o RPG é uma ferramenta importante não só para divertir, mas também para ser usado no ambiente corporativo, acadêmico e psicoterápico já que possibilita trabalhar os principais aspectos do indivíduo e de sua vida em sociedade. Com maiores estudos talvez se comprovem sua eficácia no combate a doenças psíquicas como depressão por exemplo.
Bruno Vernilho